Cláudio Chaves Lavôr
Defesa do candidato:
A participação da sociedade civil nas políticas públicas é importante para que artistas e produtores tenham voz, principalmente os que estão mais distantes. No conselho pretendo propor, defender e estabelecer diretrizes que estimulem a produção e difusão das artes visuais e do audiovisual brasileiro. Acompanhar a execução do Plano Nacional de Cultura e fiscalizar aplicação dos recursos do FNC.
Experiência:
Atuante na área de produção audiovisual, como Presidente da ABDeC/RR Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas de Roraima, e participando como técnico de som direto, trilha sonora, montador ou realizador em projetos importantes como o DocTV, Série Labculturaviva de Produção de Filmes Documentários, Mediador/Instrutor em Boa Vista do Projeto ID – Inventar com a Diferença.
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Reforçando o debate sobre as propostas dos candidatos a conselheiro nacional de política cultural, no setor de artes visuais, venho aqui trazer uma plataforma de sugestões a serem apresentadas ao MINC.
– Exposição permanente, com rodízio mensal de artistas em todos os prédios públicos, a partir de escolha popular em site definido para esta finalidade.
– Ampliar a discussão em torno da desburocratização dos editais de arte.
– Ampliação do número de exposições retrospectivas dos grandes artistas brasileiros, itinerante por vários estados da Federação.
– Formulação de um projeto de viagem ao exterior para artistas e críticos de arte em formação, em moldes semelhantes ao CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS, é preciso instituir o ARTE SEM FRONTEIRAS.
– Intermediação do Estado no incentivo ao fundraising, gerando uma lista de espera, semelhante à de doação de órgãos, onde empresas fariam um cadastro para contribuir com o artista da vez, e conseguir com isto dedução no imposto de renda. Seria uma forma de simplificação da Lei Rouanet, tornando o processo muito mais democrático.
(“Enquanto na Alemanha o Ministério da Cultura e as Secretarias de Cultura dos estados distribuem a maior parte dos recursos públicos, no Brasil a Lei Rouanet facilita aos departamentos de marketing das grandes empresas obter poder de decisão. Estas empresas abatem do imposto de renda verbas despendidas em eventos nos quais os nomes de suas marcas podem ser divulgados de modo especialmente eficaz a um público de alto poder aquisitivo. Isso dificulta iniciativas menores”. Tobi Maier em entrevista ao Goethe Institut.)
– Descentralização da atividade artística brasileira, com a criação de bienais regionais, para fomentar a produção e absorção de arte em todo o território nacional.
– semana nacional do workshop. Seleção de artistas e arte educadores para a realização de oficinas e palestras endereçadas aos artistas, e ao público em geral.
– Uso de verbas publicitárias do governo para a divulgação da arte brasileira na televisão.
Assim, sucessivamente, novas propostas vão surgindo a partir do debate, mas é fundamental que exista um esforço combinado para que a arte nacional, que vem conquistando cada vez mais espaço no exterior, possa prosseguir em seu desenvolvimento econômico e cultural, a fim de que mais artistas tenham a oportunidade de aparecer, e que o público de artes visuais possa crescer e se informar cada vez mais sobre as tendências da arte no Brasil.
Aos candidatos, não importando quem venha a ter a oportunidade de se eleger, peço que atentem para estas propostas, e queiram sugerí-las nas reuniões de que venham a participar, pois não é de um só o apreço pela ampliação dos valores culturais em nosso país.