José Talles da Silva Soares (Talles Azigon)
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Votos: 1
José Talles da Silva Soares (Talles Azigon)
Defesa do candidato:
Já participo das discussões e debates da área, inserido tanto na cadeia produtiva, criativa e mediadora. De modo, vejo como a participação ativa da sociedade civil não só importante mas crucial para a construção de uma política pública de livro, leitura, literatura e bibliotecas, eficaz e universalizada.
Experiência:
Poeta, produtor, editor, contador de histórias e mediador de leituras. Foi secretário do conselho de políticas culturais de Fortaleza, membro do Templo da Poesia e um dos criadores da editora independente Substânsia
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Defendo a hipótese da cultura ser atrelada à educação, e que deve ser tratada com a mesma importância. Deve ser resultante de uma mudança no princípio de tudo: Na família, onde se estréia o ciclo da vida, nos primeiros anos escolares, no planejamento educacional.
A cultura deve chegar principalmente onde tudo é difícil acontecer: Seja em lugares longínquos, onde as condições são precárias, onde as belezas da vida ainda não despertaram.
É indispensável que haja um investimento significativo no ambiente escolar, para que o aprendizado possa se tornar interessante; pois, conhecer a riqueza cultural da sua localidade e fazer parte da mesma, vai implantar um novo olhar sobre a cultura educacional.
A escola ideal é aquela que forma, informa, direciona, incentiva e realiza as expectativas dos seus alunos.
A arte será sempre bem-vinda no meio escolar, por ser um conjunto eclético e agradável, e complementa a aprendizagem.
A Cultura é um dos campos mais importantes para o desenvolvimento de um povo. É através da produção de conhecimentos culturais que um país cresce, acrescendo também sua riqueza educacional e econômica, e a qualidade de vida das pessoas.
E através da transmissão destes conhecimentos ,é possível atrair e manter as crianças no ambiente escolar, por que estudar deve ser prazeroso, e não uma tarefa cansativa e sem atrativos.
Embora o Brasil tenha avançado neste setor nas últimas décadas, ainda há muito a ser feito. As políticas públicas nacionais não tem só o dever de incentivar e proporcionar meios acessíveis a cultura, mas tem a obrigação de tornar possível toda e qualquer possibilidade real e realizável.
A necessidade de uma transformação significativa no ensino deverá ter uma dimensão maior, já que, a esperança de uma nação se busca no seu desenvolvimento, e este por sua vez, só pode ser alcançado através do conhecimento cultural do seu povo.
O Brasil deve investir mais na inserção da arte e da cultura em geral, capacitando os educadores, instalando um ensino moderno, integrado e adequado às tecnologias, e aperfeiçoamentos atualizados.
Ainda é tempo de instalar um novo sistema, onde a cultura, assim como a educação, tenha prioridades aos investimentos que lhes são direcionados, e os estudantes possam ter acessibilidade a um ensino abrangente e uma escola de qualidade.
É providencial a criação de uma escola mais interessante; é necessário implantar atrativos que possam superar os encantos da rua.
É urgente a necessidade de modernizar o ensino, reformular o planejamento didático e educacional, capacitar os educadores na transmissão de um novo ensino, agregando valor aos conhecimentos culturais dos alunos.
Joana Rodrigues Alexandre Figueiredo
Boa tarde!
Estou Delegada eleita na etapa estadual, pelo Ceará. A capitalização da cultura tem atravancado cada vez mais espaço nas discussões contemporâneas.
Discorrendo sobre temas como: Desenvolvimento, políticas públicas, sustentabilidade, turismo, diversidade cultural, meio ambiente, gestão cultural e também sobre direitos de propriedade intelectual.
A economia da cultura tem relevante e essencial valor, no que diz respeito à sociedade, pois, é inevitável que, se possa desvincular a ideia de que, a cultura pode funcionar como um meio de desenvolvimento regional, ou global.
É necessário que se invista em talentos, na criatividade, na identidade e na geração de emprego, renda e inclusão socioeconômica. Pois, é falso dizer que,
quem trabalha com cultura sobrevive desse trabalho; é nesse ponto que devem ser pensadas as metas, e essa deve ser uma delas, que as políticas públicas devem instalar, em todos os níveis de governos.
Estimular o debate e promover a reflexão enérgica e colaborativa sobre a cultura de uma região, e não mensurar a economia que envolve todo o seu desenvolvimento, torna-se até uma hipocrisia declarada.
Pensar na cultura na atualidade é afirmar que, a mesma faz parte de um acréscimo regional sustentável, é uma tarefa que mobiliza a sociedade em suas diferentes representações. Esse é o meu parecer.
As pessoas não estão acostumadas a opinar, sugerir, reivindicar. Isso também é algo que deve ser exercitado, precisa ser debatido, para que percebam o quanto é necessário participar das mudanças do nosso país.
Gostaria de pedir o seu voto, estou me candidatando a vaga de conselheiro de literatura, livro e leitura – Distito federal conto com vocês.
Pessoal, devido a outros compromissos assumidos no momento, gostaria de retirar a minha candidatura. Alguém sabe como posso fazer a exclusão?
Enquanto o escritor/poeta preocupar-se apenas com as vendas dos seus livros, projeto nenhum vingará. É o momento de se preocupar com a formação de bons leitores, publicar obras de qualidade, investir tempo e conhecimento em projetos que incentivem o público jovem a ser mais atento ao próprio aprendizado. Escrever énnotável, é algo excepcional, mas, o que se busca aqui é mais abrangente e necessário: Inserir facilidades ao mundo cultural, para que esse mundo possa ser acessível a todos.
Quando se fala em cultura, abrange-se toda uma gama de conhecimentos e valores, inclui vários setores inerentes ao mesmo projeto. Pois, se falamos em literatura, livro e leitura, subtende-se que, a biblioteca faz parte deste contexto. O que deve ser focado nessa discussão é a acessibilidade, o subsídio às demandas culturais. É urgentea nnecessidade de pessoas capacitadas nessa área; pois, é enorme a quantidade de pessoas que se dizem envolvidas a cultura e a Educação, mas,tem capacitação, é preparado para enfrentar os desafios que se apresentam?! Deve ser esse o ponto alto dessa discussão e reivindicação.
Caro Almeida Júnior, nos primeiros debates falei desta necessidade sofrida pelos chamados “grotões”onde a nossa visualização é somente uma faísca de notabilidade, não falta de competência dos nossos escritores, sendo que estes estão no profundo anonimato, pela ausência de uma politica de Estado voltada para a área. Falei que é preciso respeito aos grandes mestres consagrados tais como: Drummond, João Cabral de Melo Neto, Machado de Assis, Cecília Meireles e demais, mas a publicações deles em grande escala, acaba tirando a oportunidade e divulgação de novos autores que ainda estão na sombra do anonimato. Mas só publicar não basta, tem que ter programas de fomento na divulgação das obras, deixando cada autor bem mais próximo do publico e isso é possível.
Olá, Sou Patrícia Matos, professora, escritora de literatura para as relações étnico-raciais, mais especificamente no Estado do Ceará, aonde as pessoas insitem em dizer que não existiu populações negras, nem ciganas e que os indígenas são a minoria. Mediante a isso vários atores que compoem a cena urbana do nosso estado teem atuado de forma a dizer que existimos sim e que se faz necessário uma política que conte sobre nossas histórias, mas sob a égide do colonizado e não mais do colonizador.
Olá gente
Como vocês consideram a melhor articulação para a melhora do debate nas políticas públicas de Cultura? Em especial na de Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca!
Contudo para a sustentabilidade dessas políticas, é necessário que o Estado fomente e permita o envolvimento de novos atores sociais, com a perspectiva de serem inseridos na construção de políticas culturais.
Portanto compete ao Estado valorizar e fortalecer a cultura e a cidadania cultural na realização de diálogos e troca de experiências e os intercâmbios para favorecer as ações afirmativas.
Concordo plenamente com Carlos Roberto Nogueira de Vasconcelos… Sou amante da leitura, poesia, romances,enfim, e procuro passar esse amor inicialmente para meus filhos (crianças), e também para os alunos da escola onde trabalho. Desempenho minhas funções na maior parte na Sala de Leitura, lá considero o “coração” da escola. O lugar onde podemos através da leitura viajar por lindos lugares e partilhar novos conhecimentos .
A meu ver, Talles Azigon representa a categoria em sua experiência em diversos setores da criação, gestão e produção de políticas públicas para o livro, leitura, literatura e bibliotecas em nosso estado. Pode-se enumerar muitos de seus feitos, apenas pelo fato de ser ele um gestor e artista-criador inquieto, talentoso, sensível, corajoso e articulado. Conselheiro de políticas municipais, gestor, editor, contador de histórias, produtor articulado de diversos eventos e poeta admirável, pelo qual defini-lo é tarefa difícil. E não há quem não se encante pelos seus feitos e ideais. Acompanho seu trabalho há tempo suficiente para legitimar sua capacidade técnica, operacional e sensitiva. Meu voto é dele e não abro mão!
A cultura está em pleno desenvolvimento, em construção. Alguns países, a exemplo da Argentina, Colômbia e México que vem tornando o acesso favorável, dispondo-se a ouvir, pesquisar, etc. Também em outros países da América latina vem acontecendo a percepção de que, é urgente a nessecidade da democratização cultural, e porque não dizer que é urgente que haja uma ‘globalização’; pois, a cultura não é um fato isolado, mas pode unir nações na busca de uma mesma causa.
Terra de Iracema em contos de José de Alencar, quando adolescente viagei em ondas do futuro, e paquerei na Volta da Jurema, joguei muito xadrez no Nautico. Abraços Poéticos a todos amantes das letras.
Também vamos falar sobre as dificuldades da Juventude Rural e seu enterimentos!!!!!
Busquei apoio no Ministério do Desenvolvimento Agrário para implantar mais de 100 bibliotecas em Itapipoca e ainda ajudei muitos outros municípios a receberem as bibliotecas. Hoje, é necessário que outras áreas atuem para o fortalecimento das iniciativas comunitárias e municipais. Precisamos de editais mais simples para que os agentes de leitura possam participar. Projetos de capacitação têm que chegar nas comunidades também, para que cresçam na área. O governo deve olhar para os agentes de leitura como grandes aliados da educação e investir no apoio ao trabalho deles, incentivar com prêmios, bolsas ou mesmo com mais livros e materiais de trabalho.
Eu atuo com bibliotecas comunitárias no meio rural do Ceará. A realidade é muito cruel. As ações de governo na nossa área dificilmente chegam ao campo. É necessário trabalhar junto das comunidades, fazer visitas técnicas constantemente para manter o interesse dos agentes de leitura. Falta muito para termos um Brasil rural leitor, pois é dificil até chegar nas comunidades.
É verdade, José Ricardo. É preciso que haja uma verdadeira revolução nas políticas públicas, para que haja uma maior Abrangência aos meios literários. A leitura deve chegar aos lugares mais distantes, onde tudo é inacessível.
Olá José Ricardo. Concordo com você quando se refere a importância das bibliotecas públicas municipais e públicas escolares atenderem ás comunidades, oportunizando o acesso a leitura, ao letramento. E acrescento a esse diálogo a importância da diversidade histórico cultural dos povos cearenses. Sabendo da fundamental importância da literatura para o fortalecimento identitário, ainda é escasso livros que relatem as histórias do povos índigenas que, atualmente são 14, das etnias ciganas que são localizados em Mauriti e Sobral, das comunidades quilombolas assim como da população negra do Ceará.
Aos candidatos do CE: o setorial é de Literatura, livro e leitura, mas existe ainda a Biblioteca (que por muitas vezes não é citada), então gostaria de saber o que pensam os candidatos sobre as bibliotecas no CE (todas os tipos)
Coletivo Reforma, total fechamento parcial
Coletivo além do discurso-CAD
Concordo Ivan, a Biblioteca tem que ser citada e notada nesse debate. Aliás, a cadeia do livro tem que estar cada dia mais articulada para que seja possível fortalecer a linguagem, não se pode fazer nada sozinho, a cadeia criativa, produtiva e mediadora tem que caminhar junto.
A situação de algumas bibliotecas está bem complicadas, muitas comunitárias estão fechadas ou não funcionam adequadamente por falta de recursos, as escolares também estão numa situação complicada, o que não difere muito da pública.
Precisamos lutar para que essas bibliotecas funcionem com acervo de qualidade e profissionais preparados para executar as ações. BIBLOTECA FECHADA NÃO FORMA LEITOR.
Que política setorial queremos? Defender ideias é parte do processo, para no porvir (que não pode ser longínquo) construirmos a política setorial (Literatura, livro e leitura) mais próximos dos anseios da classe. De nada adianta criar conselhos, curadorias ou bureau, se os processos e nossa política pública de cultura está entupida de empecilhos burocráticos e sem sentidos, que posterga a população de debater. Pela simplificação dos processos e transparência no seu todo bem como a democratização dos recursos.
O país deve procurar conhecer a sua realidade cultural, com uma visão macro e micro, permitindo que o estado e a sociedade civil unam- se para a construção do mesmo processo político e democrático. Pois, sem a união de valores diversos não há como chegar a um denominador comum.
É isso mesmo Joana, manter uma política de fomento cultural local e nacional, percebendo elementos transversais nas manifestações regionais é fundamental para romper com práticas de xenofobia, rascismo. A leitura, a literatura e o livro possibilita o conhecimento, o letramento, mas também a transformação social. É bem recorrente nas escolas as professores se negarem a ler histórias sobre a cultura do maracatu cearense porquê o texto traz o vocábulo ‘macumba’. A política pública de fomento a leitura, livro e literatura perpassa a tessitura das relações sociais.
Ola! Eu sou mediador do polo de Leitura Jangada Literária e conheço esta moça muito talentosa trabalhamos juntos ela é uma ótima profissional e acredito que fará jus ao posto!
Muitas vezes falamos que determinados movimentos não nos representam, então chegou nossa hora de FALAR e representar a cadeia do livro, lutando pela democratização do acesso ao livro e leitura!
A leitura corresponde substancialmente ao modelo democrático que tanto lutamos como o acesso às políticas públicas voltadas para uma educação de qualidade.A cultura está entrelaçada a educação,não ha caminho mais justo do que potencializar seu acesso na prática.Por isso,votei em Sãmia Ellen para ser essa voz atuante que tanto sonhamos e lutamos.
Vamos juntar forças para o debate de políticas que valorizem os pequenos, os desprotegidos no nosso setor! Boa construção de ideias! Pernambuco
Prezad@s
Sou candidato pelo estado do Maranhão e fico feliz pela movimentação em torno de nossa luta em comum. Espero que possamos fortalecer o movimento juntos afinal esta luta é de tod@s nós. Abraços e espero nos encontramos em Brasília Moacir
Quero ver as bibliotecas comunitárias neste contexto, pois a democratização do acesso começa com nossas bibliotecas comunitárias abertas e funcionando. Para isso precisamos urgentemente de um plano estadual / municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas. Se não conseguirmos avançar nesta direção, não teremos como avançar nesta linguagem.
Defendo a hipótese da cultura ser atrelada à educação, e que deve ser tratada com a mesma importância. Deve ser resultante de uma mudança no princípio de tudo: Na família, onde se estréia o ciclo da vida, nos primeiros anos escolares, no planejamento educacional.
A cultura deve chegar principalmente onde tudo é difícil acontecer: Seja em lugares longínquos, onde as condições são precárias, onde as belezas da vida ainda não despertaram. Por isso admiro a criação do CCDS, (Conselho Comunitário de Defesa Social ) projeto que faz do Ceará pioneiro. E, por onde deve iniciar o tratamento educacional e cultural, nas camadas vulneráveis e em situação de risco.
Joana, você é do cariri?
Sou sim, Rosana.
Sou presidente pro tempore da ALB/cê , confrade da 5* cadeira ALB/Am Manaus , defendo projeto do jovem inscritor na escola dos 15 aos 18 anos, incentivando a leitura e escrita dos jovens, diplomando pela alb/cê e incentivando a publicação de obras selecionandas.
Que as idéias dos seus ideais, se multipliquem.
Gostaria muito de participa para poder contribuir, aprender e acompanhar as políticas publicas destinada a está linguagem cultural…
Com certeza a presença de todos é de suma importância! 😉
A coleção Contos e Lendas das Terras do Barrocão foi resultado de um projeto de pesquisa aprovado no Edital de Incentivo as Artes de 2008, aprovado também no Programa BNB de Cultura e na Demanda Exponente do FEC, foram impressos 6.000 títulos, distribuídos gratuitamente e agora estou sem nenhum exemplar impresso, e não estou conseguido canal para reimpressão para que eu posso continuar meu trabalho.
Hoje faço contação de histórias nas escolas, em projetos culturais, bem como em bairros e localidades rurais (ver facebook institutolamarinadasartes), .
Como forma de não parar o trabalho e a democratização do acesso estou disponibilizando cópia on line no Link ISSUUlamparinadasartes. é preciso políticas publicas mais abertas e democráticas para este fim….
No âmbito dos municípios fica quase impossível apoio,não existe leis de incentivo ao livro e a leitura e os projetos caminhas na base da teimosias dos agentes culturais…
Publiquei uma coleção de livros infantis composta de 12 livros com textos ilustrados que participa do Projeto Agentes de Leitura do Estado e está sendo usando como recurso paradidáticos em diversas escolas do meu municipio (Tianguá-Ceará). A Coleção Contos e Lendas das Terras do
Aqui na nossa cidade não temos apoio ou incentivo para produção literaria, os orgão que propõe incentivo so acontece a pós aprovação de um projeto que gere retorno imediato.Como acredito que tem muita baboseira politica com esses investimento acredito na capacidade do povo ter essa oportunidade de mostrar seu talento.
Sou Voluntaria da Arca das Letras Biblioteca Rural gostaria de participar para aprender mais e contribuir. Moro em Santana do Cariri Ce
Seja bem-vinda Francisca Aliane Pereira,
APRESENTAÇÃO:
Estive no Colegiado Setorial da Literatura, Livro e Leitura em dois mandatos, um pela cadeia Mediadora e outro pela Cadeia Criativa. Neste processo eleitoral não posso me candidatar, mas estou como delegado nato.
REIVINDIQUE:
Socialize aqui suas reivindicações. Quais são as necessidades da região quanto à Política do Livro, Leitura e Literatura?
MOBILIZE:
Mobilize mais pessoas. Até agora ninguém se candidatou.
Uma reflexão é necessária: já pensamos sobre a importância da biblioteca em nossa sociedade? Em Fortaleza a biblioteca Menezes Pimentel está há quase um ano em obras intermináveis. No interior, as sedes das bibliotecas são praticamente itinerantes. Geralmente aproveitam um velho clube, um prédio qualquer, sem uso, um canto de prefeitura para “depositar” os acervos (geralmente muito pobres por falta de novas aquisições e atualizações). Se o livro é tratado assim, em nosso país, que dizer de todas as cadeias que o antecedem? Para valorizarmos o escritor, os editores, os profissionais do segmento Literatura, faz-se necessária a valorização do livro em si. Não fala aqui de reverência gratuita, mas de valorização do livro como instrumento que, bem utilizado, transforma as pessoas e a sociedade.
Há tempos a escola descobriu que a leitura é a porta de entrada para a educação. Somente trabalhando por políticas públicas fortes é que a leitura não ficará relegada. Estamos vivenciando uma época em que o excesso de informações parece substituir o conhecimento. Faço minhas as palavras do romancista, prêmio Nobel, Mário Vargas Llosa: “Gostaria de apresentar alguns argumentos contra a ideia da literatura como passatempo e em prol de considerá-la, além de uma das ocupações mais estimulantes e enriquecedoras do espírito humano, uma atividade insubstituível para a formação de cidadãos na sociedade moderna e democrática. Por essa razão, ela deveria ser semeada nas famílias desde a infância e fazer parte de todos os programas educacionais”.
E continua, o grande escritor: “O que a literatura deu à humanidade, então? Um de seus primeiros efeitos benéficos ocorre no plano da linguagem. Uma sociedade sem literatura escrita se exprime com menos precisão, riqueza de nuances, clareza, correção e profundidade do que a que cultivou os textos literários. Outro motivo para se conferir à literatura um lugar de destaque na vida das nações é que, sem ela, a mente crítica – verdadeiro motor das mudanças históricas e melhor escudo da liberdade – sofreria uma perda irreparável. Porque toda boa literatura é um questionamento radical do mundo em que vivemos. Qualquer texto literário de valor transpira uma atitude rebelde, insubmissa, provocadora e inconformista.”